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Quando os clientes vêm para a primeira consulta com um psicólogo, muitas vezes ficam constrangidos e envergonhados. Às vezes, os clientes têm dificuldade em fazer a primeira ligação; perguntam aos amigos ou escrevem uma mensagem ao psicólogo. Alguns têm dificuldade para começar a falar, outros acham que devem contar tudo sobre si na primeira consulta, outros têm medo de que um psicólogo os avalie, faça um diagnóstico e fale sobre suas deficiências. Muitas pessoas experimentam um estado de rigidez, um nó na garganta. Essa condição geralmente está associada à vergonha. Muitas vezes, nos primeiros encontros, a vergonha começa a se manifestar através da resistência à comunicação aberta e confiante. Existem vários tipos de resistência. O cliente pode falar sobre suas conquistas, que trabalho maravilhoso ele tem, uma esposa e filhos maravilhosos, gabar-se de seu sucesso nos negócios; fale sobre como ele salva os outros, os ajuda a resolver problemas, mostra sua preocupação com os problemas deles, desviando assim a atenção de si mesmo; conte coisas francas sobre você, tentando assim ignorar a vergonha e conduzi-la às profundezas do inconsciente; entre no mundo da fantasia, dos seus desejos não realizados, imagine-se onipotente, famoso, amado por todos, faça exigências excessivas a si mesmo e ao psicólogo. Por exemplo, um de meus clientes, um homem idoso, pediu-me que lhe ensinasse técnicas de comunicação com garotas que lhe permitissem seduzir qualquer uma delas. É importante que a pessoa, apesar da vergonha e da confusão, ainda compareça à consulta, decida contar sobre si mesma ao psicólogo e queira ouvir sua resposta. É assim que ele dá o primeiro passo para superar a vergonha. O que é que a vergonha costuma ser descrita como uma experiência em que se manifesta a baixa autoestima, um sentimento de ser engraçado, estúpido ou diferente de todos os outros. É um estado de desconforto, confusão, sentimento de vergonha e até culpa. O início da vergonha geralmente começa na infância. Captura a experiência de comunicação com uma pessoa significativa (pai ou outro adulto) que controlava a criança através de humilhações e insultos. Essa pessoa poderia dizer para a criança: “Olha o filho do vizinho, ele não corre o dia todo no quintal como você, mas lê livros e estuda bem. Quando ele crescer, ele se tornará o diretor da fábrica e você varrerá as ruas.” Com essas palavras, a criança aprende que mostrar a atividade natural e a sociabilidade é ruim, e se quiser ser aceito é preciso ser como o filho do vizinho, quieto e obediente. A vergonha é uma forma traumática de interromper a atividade natural, o desejo. explorar o meio ambiente, entrar em contato com a paz. Assimilando a experiência recebida de um adulto, a criança, e posteriormente o adulto, espera uma avaliação negativa dos outros em resposta às suas ações. O interesse e o desejo por um novo contato encontram paralisação e resistência. Existem diferentes técnicas para trabalhar a vergonha: consciência da tensão muscular, trabalho com a respiração, uso do relaxamento (terapia orientada para o corpo), superação da vergonha na ação, aprendizado de técnicas de comunicação, auxílio no autoconhecimento por meio de tarefas, testes (terapia cognitivo-comportamental) , pesquisando a transferência do fenômeno, ou seja, atribuir um papel parental ao terapeuta e descobrir a vergonha diante dele (terapia analítica profunda), consciência da figura do vergonha, das mensagens recebidas dele na infância (Gestalt-terapia). Como resultado desse trabalho, o cliente fica mais aberto e confia mais no terapeuta. Isso permite que eles comecem a trabalhar com os problemas do cliente. Porém, é importante lembrar que a vergonha é fruto de um trauma de infância, por isso deve ser tratada com muito cuidado, deve-se estar atento à resistência do cliente e lidar com ela com habilidade, sem forçar. que seja superado.