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Como escrevi em um artigo anterior, a projeção é um mecanismo de defesa que permite reduzir o estresse emocional ao atribuir suas próprias emoções, estados, intenções e traços de caráter a outra pessoa. Esse alívio é sempre temporário, portanto a projeção pode ser repetitiva e persistente. Porém, com esforço, a projeção pode ser realizada e “devolvida a si mesmo”, fortalecendo assim o Ego, economizando recursos no futuro e tornando o relacionamento com as pessoas mais confortável. Porém, no caso de pessoas com características narcisistas pronunciadas, este caminho,. na maioria dos casos, acaba sendo fechado. O que torna a projeção narcisista especial? É combinada com a negação. A negação é uma defesa psicológica muito forte e primitiva, ou seja, elimina experiências negativas ao custo de cortar uma quantidade muito grande de informações importantes (“já que não vejo, significa que não existe”). A negação, quando combinada com a projeção, produz vários efeitos ao mesmo tempo. Em primeiro lugar, a negação praticamente bloqueia a própria possibilidade de refletir sobre o fato da projeção. Um julgamento sobre outra pessoa é considerado absolutamente verdadeiro, e a própria pressão emocional (muitas vezes expressa através de raiva, irritação ou reclamações e acusações) é sentida. Uma tentativa de um parceiro de prestar atenção à projeção ou simplesmente “justificar” será muito provavelmente interpretada como uma acusação infundada. Em segundo lugar, a negação torna praticamente sem importância que exista uma razão (base) para a projeção. Na versão não narcisista, geralmente é “selecionada” para projeção uma pessoa que ainda possui algo semelhante em emoções ou comportamento (claro, pode diferir em grau de expressão e forma), nesse sentido está mais conectado com a realidade do relacionamento. No caso da projeção narcisista, a atribuição não requer uma razão ou qualquer gatilho externo. E tudo o que não é semelhante no comportamento do parceiro ou vai além do escopo da projeção também é facilmente negado (“Eu vejo essa qualidade ou estado em você, e não importa para mim o que está além disso, não preciso a imagem geral”) A projeção é combinada com a divisão. Nesse sentido, quaisquer sentimentos, estados, intenções e características são facilmente divididos em “absolutamente ruins” e “absolutamente bons”. Com isso, desaparece a zona intermediária, na qual existiriam estados que não são ideais, mas não tão ruins a ponto de você querer se livrar deles atribuindo-os a outra pessoa. Sem ela, a necessidade de projetar tudo o que é “ruim” torna-se mais pronunciada e estável. A projeção serve não apenas como forma de aliviar o estresse emocional, mas também como “material de construção” do Ego. Isso acontece porque o narcisismo se baseia em um Ego muito frágil e vulnerável, que se constrói “apropriando-se” de “tudo o que é bom” e buscando respostas que o confirmem. Por isso, para uma pessoa com estrutura de personalidade não narcisista, “retorna”. de projeção” é vivenciado como desconforto, mas não crítico, além disso, se for possível reconsiderar a atitude em relação a esse sentimento, intenção ou característica, o desconforto será substituído por um sentimento de enriquecimento do ego e maior estabilidade do que antes. Nesse caso, o retorno da projeção ameaça a estabilidade básica, causando uma ansiedade muito mais grave. Além disso, existe a perspectiva de entrar em contato com a própria vulnerabilidade. Isto encoraja-nos a evitar a todo o custo o retorno das projecções, utilizando tanto projecções adicionais (acusando outros de intrusividade e pressão externa), como outros mecanismos de defesa, tanto fortes e primitivos (negação), como mais maduros e complexos (racionalização). .[align=ustify].https://t.me/psychology_of_alivenessInscreva-se para uma consulta @pershikova_psychoanalyst